segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Menos turistas em Auschwitz

Portão de entrada de Auschwitz - Foto: Ulisses Iarochinski

Mais de um milhão e cem mil pessoas visitaram o campo de concentração e exterminação alemão Auschwitz-Birkenau, na cidade polaca de Oświęcim, no ano de 2008. Destes 700 mil eram jovem e estudantes. O número é cerca de 120 mil a menos que o ano de 2007. Mas mesmo assim é um dos mais altos da história do museu de tristes recordações. Segundo a diretoria do Museu, o ano de 2008 registrou 410 mil polacos e quase 720 mil estrangeiros. A maioria dos visitantes eram da Grã-Bretanha, Estados Unidos, Alemanha, Israel e Itália. No ano que passou 37 mil turistas eram da Coréia do Sul e outros 5 mil do Japão.
Piotr M. Cywiński, diretor do Museu, acredita que o número menor de visitantes está estreitamente ligado à crise econômica mundial. "Neste caso Auschwitz diminuiu alguns percentuais no número de visitantes".
As visitas aos dois campos Auschwitz 1 e Birkenau (distante 3 km) são gratuitas. Os campos estão a 65 km de Cracóvia e o bilhete de ônibus custa em média 7 złotych (14 ida e volta). Mas existem serviços turísticos de agências de viagem com ônibus privados que cobram até 90  złotych (ida e volta). 

Político acusado de antissemitismo

Promotoria Regional de Lublin - Foto: Ulisses Iarochinski

O chefe do partido LPR - Liga da Família Polaca, de espectro político de extrema direita, Grzegorz W., foi acusado pela Promotoria Regional de antissemitismo. O próprio acusado se apresenta como sacrificado em sua luta pela palavra liberdade.
Grzegorz W. é autor de vários textos do "Biuletynu", publicação não registrada que se distribui em Lublin, região Leste da Polônia.
Na edição deste janeiro, o boletim apresentou os judeus como gananciosos que desejavam da Polônia recortar o próprio país. Segundo a publicação "Biuletynu" o judeu Ronon Eidelman, proeminente representante da "Empresa Holocausto", reclama da Polônia "pagamento de tributo em mais de 65 milhões de dólares".
"Isto é um absurdo. A palavra liberdade também teu seu limite", afirma o professor Zbigniew Hołda da Fundação Helsinski de Direitos Humanos. 
A promotoria está sugerindo pena de três anos de prisão para Grzegorz W. O promotor Marek Zych, diz que ele está sendo acusado de antissemitismo pelo que escreveu no "Biuletynu" e em seu blog na Internet. Contudo, para alguns representantes do LPR, a acusação está longe de ser por antissemitismo, mas que tem caráter político.